Eclesiastes 4.1-14 - Idolatria x Ética, minhas reflexões


Nossas decisões envolvem a trajetória futura de nossas próprias vidas, assim como direta ou indiretamente daqueles que vivem em nosso convívio.  

A bíblia demonstra ser atemporal e isso é notório por apresentar, naquela época, situações da contemporaneidade, já o livro de Eclesiastes do Antigo Testamento, elucida que a vida terrena não tem uma essência, a menos que se deposite sua confiança em Deus, ao contrário, se torna banal se pensarmos que um dia tanto os sábios como os tolos findarão na morte.


A rivalidade entre as pessoas, povos e nações persistem em busca do progresso, desenvolvimento econômico e em saciar seus próprios interesses, na qual por vezes não passam de necessidades fúteis.  

O dever e a obrigação, sendo conceito da ética deontológica, apontam como foco, obediência as regras, onde determina o julgamento de valores de um ato ou conduta. 

No texto o autor observa o efeito que tal postura e ações vêm causando, e a importância do homem quanto a lidar com tais situações, assim como a inabilidade dos demais que não prestam o devido auxilio, ou seja; enquanto algumas pessoas são indolentes ou submissas, outras se opõem aos princípios de condutas e regras, ordenadas, seja em seu trabalho ou no âmbito social, se tornando prisioneiro de uma sociedade “capitalista”.  

As pessoas vivem, focadas no trabalho, dinheiro, poder, bens materiais, e sucesso, querendo sempre se destacar, se expondo a inveja e se lubridiando em achar que este é o caminho para contemplar a felicidade. 

Porém, assim como diz o texto, tudo não passa de ilusão, pois em seu interior impregna-se o vazio, a solidão e preocupação, mergulhado no abismo da cobiça. 

Tais comportamentos podem até direcionar as suas metas e chegar a um objetivo, no entanto os resultados virão acompanhados de infelicidades, infortúnios e flagelos caso o ser humano não saiba interpretar a verdadeira essência do valor moral.  

Ambos os extremos são estúpidos e negligentes, assim o equilíbrio torna-se o antídoto, em que o trabalho com moderação dentro dos padrões éticos, seletando parte de seu tempo para usufruir de outros dons presenteados pelo Criador e a empatia para com o próximo, atende como um norte no caminho da humanidade. 

Não aprecie tamanha idolatria deixando se levar pelas suas próprias razões, saiamos dos cárceres dos paradigmas que para ser feliz o principal é o dinheiro a todo custo, pois não é esse o segredo da harmonia e comunhão para com o nosso Deus. 
  
A mente do homem é como um depósito de idolatria e superstição; de modo que, se o homem confiar em sua própria mente, é certo que ele abandonará a Deus e inventará um ídolo, segundo sua própria razão. (João Calvino) 

by @alinesousil





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